Durante o estudo, os pacientes receberão acompanhamento com reumatologista, acesso a exames e consultas frequentes
Maio é o mês internacionalmente dedicado à conscientização sobre o lúpus, doença autoimune crônica que continua a ser, para muitos, um enigma cercado de mitos e desinformação. Celebrado oficialmente neste sábado, dia 10, data marcada por união global entre pacientes, familiares, profissionais de saúde e entidades, como explica a reumatologista da Clínica IBIS Imunoterapia – IBIS, Dra. Viviane Machicado: “O Dia Mundial do Lúpus representa um marco nessa luta por visibilidade e reforço da necessidade de mais investimentos em pesquisa, tratamento adequado e políticas públicas de apoio. É, acima de tudo, um dia de escuta e empatia para quem convive com a doença todos os dias”, desabafa a médica.
No Brasil, estima-se que entre 150 mil e 300 mil pessoas convivam com lúpus, segundo dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia. No entanto, o desconhecimento sobre a doença ainda é generalizado. “Muitos ainda acreditam que ele é contagioso ou que só atinge mulheres jovens. Isso é um equívoco – homens e pessoas de outras idades também podem ser afetados, e cada paciente tem manifestações diferentes. Esclarecer esses e outros mitos é essencial para combater o preconceito e promover o diagnóstico precoce”, afirma a Dra. Viviane.
O lúpus é caracterizado pelo ataque do sistema imunológico a diferentes tecidos e órgãos – pele, coração, pulmões, rins e cérebro podem estar entre os atingidos. Os sintomas variam amplamente: fadiga intensa, dores articulares, erupções cutâneas e febre são sinais comuns, mas nem sempre presentes em todos os casos. Justamente por sua diversidade de sintomas, o diagnóstico costuma ser desafiador e, muitas vezes, tardio.
Estudo clínico
Neste mês, a instituição reforça o convite para participação em um estudo clínico inovador com o medicamento Belimumabe – terapia já aprovada para lúpus eritematoso sistêmico (LES), mas agora avaliada em pacientes com diagnóstico recente (até dois anos) e sem envolvimento renal. “Nosso objetivo é entender os efeitos da medicação em pessoas com doença mais precoce, buscando avanços que possam beneficiar essa população de maneira mais eficaz e personalizada”, destaca a especialista.

Os critérios para inclusão são claros: diagnóstico há menos de dois anos e ausência de envolvimento renal significativo (nefrite). Os interessados podem entrar em contato pelos telefones (71) 3012-3755 ou WhatsApp (71) 99132-9101. “Durante o estudo, os pacientes recebem acompanhamento com reumatologista, acesso a exames e consultas frequentes. Participar de um ensaio clínico é uma oportunidade única de acesso a terapias modernas e, além disso, contribui para o avanço da medicina que beneficia toda a comunidade”, enfatiza a reumatologista.
Desafios
Dentre os desafios enfrentados pelo paciente, Dra. Viviane ressalta os obstáculos de acesso: “Na Bahia, o diagnóstico muitas vezes é tardio por falta de informação e dificuldade de acesso ao reumatologista, sobretudo no interior. Após o diagnóstico, a obtenção de alguns medicamentos imunossupressores costuma ser burocrática e demorada, o que pode comprometer o controle da doença e aumentar o risco de complicações.”
Com expertise reconhecida, a IBIS diferencia-se pela qualidade da equipe médica, pelo acesso às terapias mais inovadoras e pelo compromisso com a pesquisa clínica, além de oferecer telemedicina e consultas presenciais, estrutura apta para garantir cuidados individualizados e humanizados ao paciente. “A participação em estudos clínicos é uma ferramenta estratégica para impulsionar o desenvolvimento de novas terapias e melhorar a qualidade de vida de quem vive com lúpus. O apoio à pesquisa é fundamental para um futuro em que avançaremos no diagnóstico precoce, escolhas terapêuticas mais acertadas e melhor acompanhamento dos pacientes”, finaliza Dra. Viviane.
As perspectivas para o tratamento do lúpus são otimistas. Com novas terapias biológicas, como Belimumabe e Anifrolumabe, e pesquisas em andamento para medicamentos ainda mais seletivos, o cenário aponta para cuidados cada vez mais personalizados e eficazes. Testes genéticos e biomarcadores estão na linha de frente para facilitar diagnósticos precoces e guiar o tratamento de cada paciente de forma única.