A Prefeitura de Salvador, através da Fundação Gregório de Mattos, realiza no próximo dia 19, mais uma roda de conversa Patrimônio É… Com o tema Samba Junino – Quem Foi Seu Mestre?, a mesa será composta pela historiadora e mestre em Cultura e Sociedade, Magnair Barbosa, além dos mestres e mestra homenageados. A roda também contará com show de Nonato Sanskey.
Mantendo o formato itinerante e híbrido, o encontro acontecerá na Praça do Coreto, localizado no final de linha do Garcia, com início previsto para às 17h. O evento é aberto e a entrada é gratuita. Para quem não conseguir ir presencialmente, terá a opção de acompanhar a transmissão ao vivo pelo canal da FGM no Youtube.
Essa edição contará ainda com as presenças especiais da mestra Jacira Bafafé e dos Mestres Lobo Mall, Seu Flôr, Augusto Conceição, os homenageados da noite. Os quatro foram selecionados através do edital Prêmio Samba Junino, da FGM. Os mestres e mestra serão merecidamente reconhecidos pelas contribuições dadas para a preservação e promoção dessa importante manifestação cultural da cidade de Salvador. O momento terá também o objetivo de celebrar as histórias de dedicação dos homenageados e os impactos gerados na comunidade pelo trabalho desenvolvido por cada um.
Quem é cada mestre e mestra?
Augusto Conceição
Augusto Conceição é um músico, compositor e multi-instrumentista com mais de quatro décadas de experiência. Em 1981, atuou como diretor musical da Banda Samba Fama, gravando a música “Tereza na Fogueira”, que alcançou grande popularidade em toda a Bahia. Na década de 1990, foi pioneiro na incorporação de elementos do Samba Junino na banda Timbalada. Hoje, Augusto lidera a Banda Samba do Vai Kem Ké, conhecida por seus arrastões no São João e ensaios na Casa do Maestro, localizada na Rua Mestre Pastinha, na comunidade do Alto das Pombas, em Salvador.
Lobo Mall
Nascido no ano de 1964, Osvaldo Guimarães da Silva, conhecido como Lobo Mall, se destacou por promover discussões através da Associação dos Sambas Juninos e Samba de Roda do Estado da Bahia. Músico, percussionista, compositor e produtor cultural, Osvaldo sempre defendeu a importância do Samba Junino em Salvador.
Seu Flôr
Cantor e compositor do grupo Samba Leva Eu desde 1981, Seu Flôr é uma figura central na história do samba junino. O grupo foi criado em 1979 no bairro Engenho Velho de Brotas para competir no festival organizado pelo Grupo União, no Largo dos Artistas. Formado principalmente por amigos de infância, o Leva Eu cultiva o samba junino com amor e dedicação à tradição. Nos últimos anos, o grupo tem marcado presença no carnaval de Salvador e em diversos eventos em municípios baianos. Originário do berço do samba junino, o Engenho Velho de Brotas, o Leva Eu cresceu e prosperou ao som do samba duro e do samba de roda.
Jacira Bafafé
Jacira Sacramento de Santana é uma pedagoga de formação, que também se destacou como musa do bloco afro Badauê. Pioneira do Samba Junino no bairro Engenho Velho de Brotas, Jacira desempenhou um papel fundamental na disseminação desse estilo musical. Além disso, ela é uma ativa integrante da Federação do Samba Duro Junino do Estado da Bahia, onde contribui para a preservação e promoção dessa tradição cultural. Um marco em sua trajetória foi ser a primeira mulher a cantar e ganhar em um festival de bloco afro, evidenciando seu talento e a importância de sua participação na cena musical baiana.
Samba Junino
O Samba Junino é uma manifestação cultural, que mistura os elementos dos festivos juninos, com características do samba tradicional. Surgido em meados da década de 70 em Salvador, sua origem está estreitamente ligada ao candomblé e às festas de caboclo, tendo o “samba duro”, como ritmo registrado. Além de muita música, o subgênero retrata temas relacionados à cultura nordestina.
Sobre o Patrimônio É…
Criado em 2017, o Patrimônio É… promove, mensalmente, rodas de conversa sobre as diversas dimensões do patrimônio cultural da cidade. O objetivo é promover a educação patrimonial através dos encontros. Suas rodas de conversa reúnem grandes pensadores, acadêmicos, artistas e agentes culturais para dialogar sobre o patrimônio cultural da cidade, em articulação com a história, memória, arquitetura, espaço público, educação, gestão e economia da cultura.