Thriller psicológico do aclamado diretor Lírio Ferreira chega aos cinemas em 24 de abril , com distribuição da Imagem Filmes
SERRA DAS ALMAS, novo projeto do diretor pernambucano Lírio Ferreira, estreia em 24 de abril nos cinemas de todo o país com distribuição da Imagem Filmes. Com um grande elenco, composto por nomes como Julia Stockler, Mari Oliveira, Ravel Andrade e David Santos, a produção acompanha um grupo de desajustados que se envolvem em um roubo de joias em Pernambuco.
Trata-se de uma narrativa inquietante, repleta de ação e suspense. Mas, nas mãos de Lírio Ferreira, um cineasta conhecido por sua habilidade de navegação entre o realismo e o poético, uma trama ganha nuance e profundidade, conduzindo o espectador por uma verdadeira jornada emocional.
Um pouco mais de uma semana do lançamento, confira 5 motivos que fazem de SERRA DAS ALMAS um lançamento nacional imperdível:
1. Cineasta aclamado
Cineasta por trás de um dos filmes mais relevantes da Retomada, “Baile Perfumado” (1996), Lírio Ferreira assume novos riscos criativos com SERRA DAS ALMAS , uma narrativa não-linear, cuja trama árida desafia relações longevas, na mesma medida que aproxima completos estranhos. Com o avanço das horas, a violência se contrapõe aos afetos e coloca o espectador na pele de cada um dos protagonistas do thriller, conforme eles navegam da melhor maneira que podem por essa situação enervante.
Trata-se, portanto, de uma proposta imersiva – e não é de se surpreender que, somada à tradicional lírica de Ferreira, ela tenha rendido elogios nos festivais por onde passou, a exemplo do Festival do Rio e da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo no ano passado. Neste último, inclusive, SERRA DAS ALMAS saiu vencedor do Prêmio Netflix.
2. Trio feminino cabeça a trama
Pode-se dizer que o coração de SERRA DAS ALMAS está com as três protagonistas, vividas pelas atrizes Julia Stockler, Mari Oliveira e Pally Siqueira. Embora não tenha motivos para nutrir qualquer tipo de carinho ou cuidado umas com os outros, é muito forte acompanhar sua aproximação, especialmente nos momentos mais tensos da trama. Afinal, como Stockler bem pontual no Festival do Rio, na SERRA DAS ALMAS existe uma dicotomia muito rica entre as formas como homens e mulheres lidam com o estresse e o medo: “de um lado, você tem os ‘irmãos’, que se matam; e, do outro, as mulheres, que não se conhecem, e se cuidam.”
“Vera, minha personagem, teve sua juventude atravessada de forma que a transformou para sempre. A chegada dessas mulheres, até então desconhecidas, se torna um convite para reagir” , afirma Mari Oliveira. Para ela, o desenvolvimento dessas relações, tão complexas e interessantes, só foi possível graças à participação que fez na serra que dá nome ao filme. “Descobrimos nossos personagens e nossa dinâmica enquanto elenco vivendo juntos por um mês”.
3. Mais do que um cenário, Serra das Almas é um personagem vivo
Além dos oito protagonistas que conduzem o espectador aos princípios às consequências do assalto, há um protagonista que dá o tom a todo o filme: a própria Serra das Almas. Mais do que um cenário, o agreste de Pernambuco contribuiu para a construção de um senso de comunidade entre a equipe, que então pode, em conjunto, mergulhar nos mundos internos desses personagens. Deste modo, não é à toa que a paisagem árida da Serra das Almas salta na telona. Ela foi vital para o desenvolvimento da resiliência e da mitologia por trás de toda a história.
4. Tensão levada às últimas consequências
Para que a humanidade desses personagens, em toda sua beleza e dor, tome o centro da trama é necessário que o público sinta que há de fato muito em jogo – e Lírio Ferreira eleva a tensão e os perigos como Poucos ao longo de todo o filme. Assim, nas mãos do cineasta, o assalto se transforma em uma verdadeira panela de pressão para os protagonistas, que de repente precisam encarar fantasmas do passado, na mesma medida que lidam à sua maneira com as tensões sociais e existenciais da comunidade que construíram juntos.
5. Cinema nacional nas telonas
Diante de um momento tão rico do audiovisual brasileiro, não assistir a SERRA DAS ALMAS nas telonas é deixar passar a chance de conferir com os próprios olhos a riqueza e a inventividade que o nosso cinema tem a oferecer – e não só em termos de narrativa. Neste novo projeto, Lírio Ferreira e toda sua equipe demonstram um esmero técnico ímpar na composição de cada quadro. É, portanto, uma experiência imersiva de encher os olhos.

Sinopse:
Em Pernambuco, um roubo de joias reunirá um antigo grupo de amigos desajustados, fazendo com que os resultados sejam catastróficos. Vigiados por fantasmas do passado, cada um deles terá que encontrar sua própria forma de liberdade.
Elenco:
Júlia Stockler;
Mari Oliveira;
Ravel Andrade;
David Santos;
Jorge Neto;
Amigo;
Vertin Moura.
Ficha Técnica:
Uma coprodução URSO FILMES e CARNAVAL FILMES;
Direção: Lírio Ferreira;
Produção: Alcir Lacerda, Daniela Vieira, Nara Aragão e João Vieira Jr.;
Roteiro: Paulo Fontenelle, Audemir Leuzinger e Maria Clara Escobar;
Produção Executiva: João Vieira Jr. e Nara Aragão;
Direção de Fotografia: Pedro Von Krüger, ABC;
Montagem: André Sampaio;
Direção Musical e Trilha Sonora Original: Pupillo;
Direção de Arte: Diogo Balbino;
Figurino: Andrea Monteiro;
Maquiagem: Natie Cortez;
Elenco: Maria Clara Escobar;
Preparação de Elenco: Sílvia Lourenço;
Direção de Produção: Lívia de Melo;
1ª Assistência de Direção: Gabi Ribeiro;
Som Direto: Moabe Filho e Pedrinho Moreira;
Desenho de Som: Nicolau Domingues;
Mixagem: Ricardo Cutz;
Ano: 2024;
Duração: 121 min.;
Distribuição: Imagem Filmes.
Sobre Lírio Ferreira
Lírio Ferreira nasceu em Recife em 1965. Seu primeiro longa foi BAILE PERFUMADO que ganhou, entre outros prêmios, o de Melhor Filme no Festival de Cinema de Brasília de 1996. Sua estreia internacional se deu no Festival de Toronto de 1997. Veio a seguir, ÁRIDO MOVIE selecionado para o Festival de Cinema de Veneza em 2005. Depois de passar por inúmeras competições internacionais, ganhou vários prêmios no CINE PE, inclusive o de Melhor Filme. CARTOLA foi o documentário mais visto no Brasil no ano de 2007 e O HOMEM QUE ENGARRAFAVA NUVENS ganhou prêmios nos festivais de cinema de Los Angeles, Roma, Montevidéu, além de ter sido selecionado para o IDFA e de ser escolhido o melhor documentário de 2010 pela Academia Brasileira de Cinema. Com SANGUE AZUL, ganhou o Prêmio de Melhor Filme no Festival Internacional do Rio de Janeiro e foi selecionado para o Festival de Berlim. Em 2019, realizou o filme ACQUA MOVIE, selecionado para os Festivais do Internacional do Rio de Janeiro, Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Festival de Tiradentes e para o LABRIFF em Los Angeles, onde ganhou 4 prêmios. Seu filme mais recente é o documentário CAFI sobre o fotógrafo pernambucano Carlos Filho e foi exibido no Festival do Rio e na Mostra de Tiradentes. Em 2022, ganhou o Grande Prêmio do Júri no Festival In-Edit e o prêmio de Melhor Documentário no LABRIFF em Los Angeles.